Partindo da dramaturgia "O Urso", do autor já citado no título, pensei no local que melhor remeteria ao que pensei sobre a peça, o estacionamento, e com algumas características a mais sobre personagens, sobre cenário, sonoplastia, e outras expectativas do que seria a obra encenada, que foram comentadas em aula. Seguindo para a prática da encenação, me vieram fragilidades e dificuldades em que não tinha me atentado enquanto tudo estava no papel. Indo para a prática eu priorizei em manter a maior parte do que tinha colocado no papel, mudando apenas as tais fragilidades de ideias que já comentei, comecei a perceber como no meu projeto tinha partido para o estereótipo dos personagens, porém é o que menos gosto enquanto arte, essas fragilidades foram repensadas, e mudadas sem mudar completamente a proposta.
Dei muita importância para estética da peça, pensando cuidadosamente em cada figurino e qual aflição, ou estranhamento, causaria, e o espaço escolhido fez o papel decisivo para a estética, pois toda a amplitude e a falta de luz causava, para mim enquanto encenador, o clima necessário.
Eu acabei refazendo o texto, pois ele é muito repetitivo, sintetizei-o, mudando em alguns momentos o texto dito para ações, você acabou comentando que nas três cenas, do dia em que apresentei, o texto seria dispensável, porém, discordo pois na minha cena por mais que tudo aquilo poderia ser apenas ações, o texto ali era indispensável, pelo fato da linearidade da história contada, ainda estar sendo mantida, o que tornava o uso do texto totalmente necessário, se eu não quisesse partir para a mímica, ou outro tipo de arte que representasse sem a fala.
E agora consigo entender, sobre o fato de parecer que eu me ache mais inteligente do que o público, quando digo para ele não ir ver a cena, e pensei muito sobre isso, não tinha conseguido te entender na aula, porém pensando depois cheguei na mesma conclusão de prepotência, ou algo parecido.
Dessa vez a insegurança foi bem menor, acho que pelo fato de eu ter chego certo do que queria montar, e de estar gostando do que estava vendo, e quando a insegurança diminui curtimos mais o que estamos fazendo.
É isso.
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