sábado, 30 de julho de 2011

Sem título.

Menina: Você anda sorrindo demais!

Menino: (Sorri sem graça)

Menina: Você mudou muito de ontem pra hoje.

Menino: Eu sempre sorri demais.

Menina: Mas hoje você está com um sorriso patético desde que acordou.

Menino: É que...

Menina: Eu não gosto quando fica assim, você não me dá atenção nesses dias, aliás, você não está me dando atenção já faz algum tempo, se não me engano desde aquela noite em que nos encontramos com aquele moço na estrada.

Menino: Não, faz mais tempo que não ando te dando atenção. (Sorriso amarelado da bala de abacaxi que acabou de chupar) Aliás, faz tanto tempo que já nem sei quando comecei, só sei que você nem notou isso!

Menina: (Sorri sem graça).

Menino: Mas já estou acostumando com sua falta de atenção, se tornou um conforto saber que posso fazer coisas sem você nem ao menos perceber, e quando percebe só solto meu sorriso, e vamos lá outra vez para seu discurso da Menina inconformada com o Menino, vamos parando por aqui?

Menina: Eu acho seus dentes bonitos, principalmente no verão.

Menino: (Sorri e logo segura sua mão)

Menina: Eu sempre te achei um pouco frio e calculista.

Menino: (Ainda com o sorriso da manhã)

Menina: Mas eu gosto de você, do seu jeito prático de ser, da sua maneira simples de pensar as coisas, da sua boca principalmente, dos seus olhos, acho que eles sempre me olham de um jeito reprovativo, mas eu gosto me faz pensar sobre mim mesma. Mas sabe o que mais gosto em você?

Menino: (Olhando para a fileira de formigas que passam entre os cortes do chão)

Menina: O que realmente gosto em você é seu silêncio, ele sempre está na hora certa, nos momentos em que mais preciso da sua palavra, do ar quente que sairia da sua boca, dos seus lábios rachados se movimentando, e da sua voz dura e seca me dizendo algo, mas é nesse instante que ele aparece, com sua aparência quase surreal, ele vem como um silêncio constrangedor, um silêncio que me rasga de cima a baixo, me deixando sem ação, sem fôlego, sem... sem... sem...

Menino: Você já reparou como as formigas são feias? Não sei, elas me parecem muito mais feias quando carregam coisas em seus pequenos corpos, acho que deve ser pelo esforço, nós também fazemos caretas quando carregamos algo pesado não é? Acho que é isso, afinal deve existir formigas mais bonitas, é igual ser humano, tem os bonitos e os feios, talvez essa seja uma comunidade mais feia mesmo, não é culpa delas.

Menina: É por isso que realmente gosto do seu silêncio.

(Silêncio humano, som do vento batendo nos coqueiros).

Menino: Eu nunca gostei desse vento que não para, chega um momento em que fica insuportável ver o horizonte com toda essa luta para manter os olhos abertos, até dar uns 10 minutos e eu fecho meus olhos e começo a imaginar o sol indo embora.

Menina: É estranho pensar que o sol vai voltar amanhã, sempre me perguntei por que nós não poderíamos voltar também.

Menino: Deve ser porque nós não agüentaríamos voltar todos os dias, na mesma hora, um dia ou outro é certo que iríamos nos atrasar, até o dia em que não apareceríamos nem para dar satisfação.

Menina: (Tentando manter os olhos abertos) É deve ser...

Menino: (Já com os olhos fechados) É deve ser...

Menina: (Tirando areia dos olhos) É deve ser...

Menino: (Com os olhos ainda fechados, segurando a mão da menina) Sabe aquele moço?

Menina: O da estrada?

Menino: Sim, o da estrada.

Menina: O dos cabelos longos?

Menino: Sim o da estrada.

Menina: O com o sorriso torto?

Menino: Sim o da estrada.

Menina: O da estrada com os cabelos longos e sorriso torto?

Menino: Sim o da estrada.

Menina: Eu sei o que irá me dizer, que ele conversou com você durante vinte minutos, e não disse nada, que você não o conhecia, mas ele te tratou com se fosse um velho amigo, que seu sorriso não lhe agrada, que seus cabelos pareciam reluzir de tanto óleo, e que por vezes teve ânsia de vômito por causa de seu hálito. Eu sei, eu senti o mesmo.
Menino: Não, eu queria dizer, que senti o mesmo de quando te encontrei lá naquele posto de informações, meus olhos se abriram como nunca, minha respiração parou por três segundos, minha testa franziu, minhas mãos suaram, meus lábios secaram, acho que o amei.

Menina: (Olhando por muito tempo para o Menino que está de olhos fechados e chorando) Eu já amei outras pessoas.

Menino: Eu o amei, mas já passou, eu queria que você soubesse que agora eu amo só você, e que nunca deixei de te amar, mesmo amando aquele moço, eu não sei o que me deu, mas o amei, como criança, como o primeiro amor, como um bicho ama sua cria, como a solidão ama seu solitário, como a alegria seu alegre, como o amor seu amado, como o rancor seu rancoroso, como a terra ama sua raiz, e como eu amo você. Desculpa-me.

Menina: Eu gosto que ame outras pessoas.

Menino: Mas eu tenho medo de te perder dentro de mim.

Menina: Eu também tenho medo de me perder dentro de você.

Menino: (Silêncio, silêncio maior, silêncio grande) Entendeu o meu sorriso?

Menina: Eu desconfiava.

Menino: E não ia me dizer nada?

Menina: Não, no fundo eu gosto quando sorri, você se tornou tão sério de uns tempos pra cá, que pensei até em lhe arranjar mais coisas para que ame.

Menino: Mas eu não quero amar mais coisas, nós nos bastamos.

Menina: Menino, não diga isso, é mentira, eu sei que me ama, e você sabe que eu te amo, mas não diga que nos bastamos, você está se segurando nas formigas para não ter que enfrentar minha palavras, e eu me seguro nelas para enfrentar sua ausência. Então não diga isso, por favor?

Menino: Mas eu acredito que as formigas podem ser bonitas sem aquele peso em suas costas.

Meninas: Elas podem e são. Para de se enganar, nós amamos outras pessoas sem escolhermos, eu percebi seu olhar para o moço, e parei de perceber se esse mesmo olhar estava para mim também, pois o meu já não está mais para você. Mas isso não torna nossa amor menos, só temos que reconhecer isso.

Menino: Eu tenho medo de te perder, e nunca mais te encontrar.

Menina: Vamos amando, e sempre te descubro nos amores dos outros, sempre há um sorriso que me lembra o seu, ou talvez até um comentário perdido, que me faz pensar que estou ao seu lado sempre, é assim, vamos vivendo.

E o dia ainda tem muito pra terminar.

Menino: Talvez eu ainda não goste do seu jeito de andar, e muito menos o jeito que seus cabelos se movimentam quando está ventando muito, ou quando está com pressa e passa a mexer seus quadris de um lado para o outro muito rápido, ou quando começa a suar e nunca mais para, até quando nem está mais do que cinco graus.

Menina: Mas você ainda está comigo, você ainda beija meus lábios toda vez que chego, mesmo quando a distância foi insignificante, você ainda sorri sem graça, quando te pego olhando meus cabelos, ou quando está observando de longe todas as minhas ações, você ainda me espera, quando esqueço minhas chaves em cima do criado mudo, e volto sem pressa alguma para pegá-las.

Menino: Eu ainda te pego pelos braços para te proteger dos carros na rua, eu ainda saio correndo mais rápido que você para não deixar bagunça na porta de minha casa, eu ainda perco a respiração quando te vejo.

Menina: Eu.. Eu... Eu... (Sorriso pequeno, olhar baixo, cabelos cobrindo um dos olhos, ombros tensos, barriga relaxada, mãos pingando, pernas moles, joelhos doendo, pés sujos e suados.)

Menino: Eu ainda te amo. E só.

Menina: Um dia nós vamos nos perder, e você passará a ser só mais um.

Menino: Nós sempre nos perderemos, e sempre seremos só mais um.

Menina: Eu ainda te amo. E só.

Menino/Menina: (Suspiro opcional, suspiro obrigatório, cabeças se unem, eles sentam e olham para o nada, talvez pensando em como...)

sábado, 21 de maio de 2011

Margem abandonada.

Lendo o texto do Heiner Müller me vieram muitas imagens, porém, poucas ideias de encenação, pois me parece que quanto mais livre posso ser mais perdido fico, portanto, isso dificultou muito. Mas pensando sobre, resolvi fazer uma cena que não condizia (pelo menos no meu pensamento) com o texto para ver onde as pessoas poderiam chegar com suas associações. E isso que mais me saiu de proveitoso dessa cena, como o público gera explicações para tudo, ou para ser relacionado com o texto já conhecido, ou com a história da Medéia. E quanto a me auto-dirigir foi mais tranquilo do que imaginei, fiquei mais seguro com a cena enquanto ator, o que não me é normal quando estou unicamente dirigindo.

sábado, 23 de abril de 2011

"O Urso" de Anton Tchekhov.

Partindo da dramaturgia "O Urso", do autor já citado no título, pensei no local que melhor remeteria ao que pensei sobre a peça, o estacionamento, e com algumas características a mais sobre personagens, sobre cenário,  sonoplastia, e outras  expectativas do que seria a obra encenada, que foram comentadas em aula. Seguindo para a prática da encenação, me vieram fragilidades e dificuldades em que não tinha me atentado enquanto tudo estava no papel. Indo para a prática eu priorizei em manter a maior parte do que tinha colocado no papel, mudando apenas as tais fragilidades de ideias que já comentei, comecei a perceber como no meu projeto tinha partido para o estereótipo dos personagens, porém é o que menos gosto enquanto arte, essas fragilidades foram repensadas, e mudadas sem mudar completamente a proposta.
Dei muita importância para estética da peça, pensando cuidadosamente em cada figurino e qual aflição, ou estranhamento, causaria, e o espaço escolhido fez o papel decisivo para a estética, pois toda a amplitude e a falta de luz causava, para mim enquanto encenador, o clima necessário.
Eu acabei refazendo o texto, pois ele é muito repetitivo, sintetizei-o, mudando em alguns momentos o texto dito para ações, você acabou comentando que nas três cenas, do dia em que apresentei, o texto seria dispensável, porém, discordo pois na minha cena por mais que tudo aquilo poderia ser apenas ações, o texto ali era indispensável, pelo fato da linearidade da história contada, ainda estar sendo mantida, o que tornava o uso do texto totalmente necessário, se eu não quisesse partir para a mímica, ou outro tipo de arte que representasse sem a fala.
E agora consigo entender, sobre o fato de parecer que eu me ache mais inteligente do que o público, quando digo para ele não ir ver a cena, e pensei muito sobre isso, não tinha conseguido te entender na aula, porém pensando depois cheguei na mesma conclusão de prepotência, ou algo parecido.
Dessa vez a insegurança foi bem menor, acho que pelo fato de eu ter chego certo do que queria montar, e de estar gostando do que estava vendo, e quando a insegurança diminui curtimos mais o que estamos fazendo.
É isso.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

E tudo se foi...

E a mulher que sempre, às 23:11, espera o homem para poder abrir o portão, se deparou com o vazio de não ter nem um portão e muito menos quem entrasse por ele.
A chave, cor de cobre, sempre acordada até seu último momento de lucidez, antes do sono tomá-la como sua, em sua luta, ela pensa na vida, pensa como foi o seu dia, o que fez e o que não fez, e acaba sempre pairando no ar o sentimento de morte. Essa morte que aparece de mansinho, sem percebermos, essa morte que nos cutuca dia-a-dia tornando-nos cada vez menos acordados. E dum sorriso frenético vindo do lado de fora a chave se encontra com o que seria vivo, com o que à torna viva, O Homem, aquele homem tão homem quanto os outros, com barba por fazer, seu uniforme azul claro na camisa e azul escuro na calça, com o seu cabelo penteado cuidadosamente na manhã do mesmo dia, porém, naquela hora já não se via tanto cuidado, com seus sapatos, aqueles mesmos sapatos que pisaram tantas vezes aquela calçada, aquele verniz, aquele asfalto, sempre com seu perfume barato, cheirando a flores, um cheiro ardido e doce, com seus lábios rachados, com suas mão rachadas e seus pés também rachados.
Voltando, ele aparecia sempre com o mesmo sorriso, a mulher, sempre a sua espera segura a chave, a mesma que luta pelo sono, em suas mãos gordas, aquelas que ela acabara de besuntar com cremes, e a chave iria para seu momento mais vivo de toda sua existência, a hora da volta, e a mulher com seu mesmo sorriso amarelo, enfia a chave na fechadura, e a gira, e gira mais uma vez contado duas voltas completas, o homem entra, e novamente se gira a chave. Depois de seu contentamento diário, a chave é repousada, bem do lado do televisor, onde poderia dormir toda sua noite, sentindo-se cada vez mais viva.
A mesma rotina por 625 dias, até que O homem, tornou-se não homem, O homem, virou não se sabe o que, O homem, evaporou, O homem, caiu, O homem, rolou, O homem, se lambuzou, O homem, sumiu, O homem, se fodeu, O homem, tomou no cu, O homem, beijou a mãe, O homem, beijou o pai, O homem, deixou de ser, O homem, passou a ser, O homem, foi, O homem, ia, O homem, dia, O homem, sol, O homem, nuvem, O homem, terra, O homem, tem, O homem, não, O homem, sim, O homem, deu, O homem, é, O homem, passou passará, O homem, amou, O homem, chorou, O homem, homem, O homem, mulher, O homem, criança, O homem, odiou, O homem, defecou, O homem, urinou, O homem, transou, O homem, relacionou, O homem, beijou, O homem, jantou, O homem almoçou, O homem, ERROU. O HOMEM. O HOMEM. O HOMEM. O HOMEM. A CHAVE. A MULHER. O HOMEM. O HOMEM. A CHAVE.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

2ª experiência.

O Matadouro Municipal, foi a peça dessa semana que tive que dirigir, inicialmente não me agradou e nem desagradou, porém, com o estudo e o aprofundamento da peça, me desagradou muito o texto. Mas como na experiência anterior eu optei por tirar grande parte do texto, nessa peça o texto foi levemente cortado, nem as rubricas foram extraídas.
Lendo toda a dramaturgia me veio muito como o ser humano em certos momentos de sua história ou em quase todo o momento, é influenciado por ideais maiores, como de um governo, de uma religião ou outros formadores de opinião. Me debruçando nesse ideal, transformei toda a movimentação dos atores em cena, em robôs, e o texto dito seria totalmente gravado, tendo assim a junção dos movimentos robotizados com a voz gravada e saindo de um lugar que não da boca dos atores.
O maior problema que sofri foi a parte técnica, pois os materiais que eu possuía não tinham uma qualidade boa, resultando numa gravação com chiados e pouco audível, porém, com a falta de tempo tive que optar por manter a gravação, mesmo que com má qualidade. Pensando na concepção de robôs, elaborei uma maquiagem que pudesse passar uma idéia de bonecos robotizados, usando uma máscara vertical nos três atores. Juntando-se a luz o resultado visual me agradou, mesmo achando a cena sem ritmo, tornando-a cansativa.
Separando esta parte para comentar dos atores que foram muito abertos a ideia, os três lidaram bem com o fato de eu estar bem inseguro com  todos os empecilhos. Foram dispostos, e posso dizer que a execução muito me agradou.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O filme.

E o menino que nunca sabe ao certo o que dizer, resolveu neste final de dia ir atrás do filme da sua vida ( pois sua vida nunca seria um filme inteiro por si só, no máximo, um clip sem sentido). Começou pelos lançamentos, capas brilhantes com pessoas nuas, capas em branco dizendo com negras palavras "Este é o título", mais outras capas, onde ele mesmo se perdeu e no final de cinco minutos contados já não se lembrava nem de onde eles estavam, quando começou sua busca, descobriu que sua vida não estava entre os lançamentos, pois o que menos existia em seu cotidiano eram explosões sem sentido, ou mulher saindo maquiadas depois de uma bela luta onde nem o cabelo se movimenta com a brutalidade de um chute. Passou para a sessão ao lado, a dos musicais, não viu muita diferença entre as capas de lançamentos, pois ainda essas mulheres estavam lá, quase nuas, ou nuas, com poses irresistivelmente irreais, perguntou ao funcionário mais próximo sobre um cantor de uma nacionalidade quase inexistente no mapa, o tal que deveria saber, apenas olhou com se o menino fosse quase inexistente quanto essa nacionalidade, e abanou a cabeça dizendo não conhecer.
Desistiu dos musicais.
Olhou para o lado e deparou-se com a sessão de desenhos animados, seus olhos brilharam como se sua vida estivesse ali, parou procurou ,o que ele não sabia, mas acabou indo parar nos filmes mais numerosos que ali tinham, desenhos com sentidos não tão só para crianças, gostou da ideia, mas acabou passando reto pois no final do corredor havia algo brilhando.
Andou, correu, parou, respirou, andou novamente, e viu na sua frente uma cortina, ela brilhava sob o reflexo das luzes brancas do local, passou a mão no brilho, e sentiu o poder daquilo tudo, todos o olhavam, sentiu-se  parte da cortina...
Lá ele achou muitos filmes de sua vida!


sábado, 19 de fevereiro de 2011

1ª insegurança.

O processo de direção da "Peça Coração" de Heiner Müller me mostrou o quanto sou inseguro com minhas ideias. Pensando em casa na cena em que montaria, estudei a dramaturgia e pensei em acrescentar mais texto, podendo levar a cena para outro foco que não o da peça dramatúrgica, acabei encaixando a peça em partes da carta 77 do livro "Os sofrimentos do jovem Werther" do Goethe, conseguindo trazer um sentido diferente para a peça, porém, depois de me lembrar de um conto que tinha lido a pouco tempo, "A menina de lá" do Guimarães Rosa, pensei em fazer o mesmo com a "Peça Coração" englobando-a neste conto, porém depois de muito pensar, cheguei na conclusão de não acrescentar texto e sim eliminar texto, pois os atores teriam que ler em cena, o que não era minha proposta. 
Partindo para outro foco lembrei-me de uma música chamada "Insensatez" da Nara Leão interpretada pela Fernanda Takai, foi neste momento que pensei em transformar minha cena em música, e essa, ser o centro de toda a ação, ouvindo-a percebi que a atmosfera que ela gerava não era a que eu queria, foi então que procurei por uma música que me trouxesse a atmosfera que eu imaginava para a cena, Noir Désir foi a banda que escolhi, e a música foi " Bouquet de Nerfs".
"Mas ele bate por você" essa frase final da peça foi a única que coloquei na cena, ela se resumia em música e ação. Com a ideia na cabeça, passei aos atores, e eles me mostraram como ficaria em prática, me deram outras sugestões, e com a marcação na música as ações iam mudando.
Bom, tudo isso que foi relatado foi "regado" de medo e insegurança, e a sensação de não ter mais o domínio da cena quando esta está em prática é muito ruim/bom pois ao mesmo tempo que não tenho o domínio da cena, o que pensei estava lá em prática e sendo mostrada para o público.